quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conexão: cinco termos para entender como acessamos à internet


Veja na Sala de Aula
Banda larga, 4G, wireless... você já deve ter ouvido esses nomes, mas sabe o que significam? Entenda o que são e melhore seus conhecimentos sobre as tecnologias de acesso ao mundo virtual

Conexões com a internet. Imagem: Andre Menezes



Tão importante quanto localizar uma informação na internet é a velocidade para acessá-la. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações, são feitos no Brasil 83 milhões de acessos com banda larga, um modelo bastante rápido de conexão. Mas nem sempre foi assim. Há pouco mais de dez anos, a maior parte das pessoas usava a conexão discada, feita através da linha telefônica como se fosse uma chamada local. Baixar um arquivo no computador ou simplesmente enviar um email, que hoje leva segundos, poderia demorar muito mais tempo.

Veja abaixo cinco termos que explicam os meios mais comuns de conexão com a internet e, por meio do pequeno glossário abaixo, ganhe mais intimidade com as tecnologias de acesso à web. A consultoria é de Ilton Miyazato, professor de Física do Colégio São Francisco de Assis em São Paulo (SP).



Banda larga: é a substituta da conexão discada, cerca de 1830 vezes mais rápida que sua predecessora. Antes, o computador era ligado ao fio da linha telefônica e o acesso à web era intermediado por um programa (o  provedor). Estabelecida à conexão, a linha ficava completamente dedicada ao acesso à rede. Em outras palavras, ou era a internet ou o telefone.

O  uso dos dois ao mesmo tempo só foi possível com o advento da banda larga, que aumentou as vias de conexão. Em vez de apenas uma - na conexão discada, a linha telefônica - são disponibilizadas três vias: uma reservada para falar ao telefone e as outras duas dedicadas ao envio e recebimento de dados. Para entender melhor, podemos comparar  com as estradas: a conexão discada era uma  pista simples com capacidade de carga e velocidade limitadas. Ao contrário da banda larga que tem mais "pistas" e, por isso, comporta mais carga com maior rapidez. O Brasil vive uma expansão deste tipo de conexão, sobretudo com o Plano nacional de banda larga, uma iniciativa do governo federal responsável por 31,5% dos acessos feitos em 2011.

3G: é a terceira geração da tecnologia que permite acessar a internet com o celular, através de uma faixa de frequência de ondas eletromagnéticas também conhecida como radiofrequência. Essa nova tecnologia consegue transportar mais dados, ao contrário das versões analógicas que convertia a onda sonora da voz em pulsos elétricos e depois reconvertia em sinal sonoro no outro aparelho. Esse processo transmitia poucas informações e obrigava as operadoras a realizarem menos chamadas ao mesmo tempo. Com o 3G é possível  trocar dados com maior velocidade, ver televisão pelo celular e até fazer vídeo- chamadas.

4G: é uma evolução da tecnologia de conexão pelos celulares, até 100 vezes mais rápida que a 3G. Além de mais qualidade nas chamadas de voz, vídeo-chamadas e navegação, comporta mais conexões em uma mesma antena. Isso resolve um dos problemas que as operadoras enfrentam com as antenas 3G e por esse motivo a Agência Nacional de Telecomunicações está incentivando o compartilhamento de torres transmissoras entre as diferentes operadoras. Essa tecnologia ainda está em fase de implantação aqui no Brasil, apesar de já estar presente em alguns dispositivos como celulares e tablets de última geração.

Wireless: É a transmissão de dados (também via ondas eletromagnéticas) que dispensa o uso de fios. Analogamente o rádio e a TV funcionam da mesma forma, já que recebem informações através de radiofrequência. Para se conectar via wireless é necessário um receptor no computador e um modem com roteador Wi-Fi (sigla mundialmente conhecida que, de forma simplificada, define uma região próxima com acesso à internet). Outras formas de conexão sem fio presentes no mercado são o bluetooth e o infravermelho. Com o primeiro, que também funciona através de ondas eletromagnéticas, os aparelhos podem intercambiar informações apenas pela proximidade, sem a necessidade de instalação de um programa.  Já o infravermelho é bastante utilizado no nosso dia a dia: é o que permite que o controle remoto funcione, enviando sinais para o receptor que está na frente da TV.

Wimax: é uma versão mais aprimorada do Wi-Fi, que também funciona por ondas eletromagnéticas mas permite melhor transmissão de dados e uma área de cobertura muito maior devido à antenas mais potentes. Essa nova tecnologia chega onde operadoras de telefonia ou de TV a cabo não conseguem alcançar e, por isso, pode beneficiar regiões rurais onde ainda não há cabeamento. O problema é que para implementar esse tipo de conexão é preciso reestruturar o sistema de transmissão, o que custaria bastante dinheiro.


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