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terça-feira, 20 de março de 2012

SUGESTÃO DE AULA - Língua Portuguesa



    ENTREVISTAR  PARA  CONHECER  MELHOR  

 

Objetivos:

Planejar, produzir e revisar perguntas.
- Realizar entrevistas adequando a linguagem oral a situação comunicativa.

Conteúdos:

Planejamento de textos orais.
- Produção, revisão e realização de entrevistas.
Anos
Do 3º ao 5º ano.

Tempo estimado: Oito aulas.

Material necessário:
Entrevistas publicadas em jornais, revistas ou sites, filmadora ou gravador (se possível).

Desenvolvimento:  

1ª etapa:

Pergunte aos alunos o que eles conhecem sobre a vida dos funcionários que trabalham na escola. Proponha à classe a produção de umaentrevista para conhecer melhor esses profissionais. Liste no quadro, junto com eles, as pessoas que poderiam ser entrevistadas. Realize uma votação para escolher três ou quatro funcionários. Defina com a turma um destino para as entrevistas. Por exemplo: para organizar um mural, para organizar um livro para a sala de leitura da escola, para incluí-las no site ou jornal da escola, para produzir um DVD sobre a escola etc.

Flexibilização para deficiência física na mobilidade e na motricidade oral: 

Para ampliar a vivência do aluno com a entrevista, prepare junto dele algumas questões e peça que faça com uma pessoa da sua casa, a qual deverá responder oralmente e por escrito. Se for possível, empreste um gravador da escola e peça as respostas gravadas.

2ª etapa:

Entregue para cada aluno uma entrevista publicada em um jornal, revista ou site, de preferência sobre algum tema pertinente ao universo infantil, por exemplo: entrevistas com autores de literatura, com grupos  musicais, com pesquisadores que estudam animais etc. e leia em voz alta. Após a leitura, promova alguns comentários sobre o conteúdo da entrevista, observando também, como são elaboradas as perguntas. Chame a atenção para as indicações contidas na entrevista que revelam que se trata de um texto oral transcrito. Por exemplo, observe que é comum encontrar indicações entre parênteses que revelam as expressões do entrevistado - (risos), (silêncio). Trabalhe essas características como pontos importantes de uma entrevista escrita.

3ª etapa:

Liste com a classe os assuntos sobre os quais eles têm curiosidade e que gostariam de perguntar aos funcionários. Ajude-os a pensar em um foco comum para todo o trabalho e proponha alguns temas (como a história de vida, casos da escola, lembranças da época que foram estudantes etc.). Leia mais algumas entrevistas para ampliar o repertório desse gênero e para que possam usá-las como modelo de referência no momento de elaborar o roteiro. Comente como são elaboradas as perguntas e discuta se é possível inferir a intenção do autor ao elaborá-las.

4ª etapa:

Traga para seus alunos algumas informações sobre o entrevistado: nome completo, quanto tempo trabalha na escola, função que ocupa etc. Elabore coletivamente as questões que farão parte do roteiro. Registre todas as ideias dos alunos para retomá-las. Ao elaborálas, é possível inferir as respostas para ajudar a verificar se não estão repetidas. Trabalhe esse procedimento com as crianças e explique por que isso é tão importante para o trabalho.

Flexibilização:

Estimule a participação do aluno fazendo perguntas bem objetivas. Por exemplo: "Você acha mais interessante fazermos esta questão ou esta?", apontando para as questões escritas na lousa. Estimule-o também a expressar outras questões que queira fazer ao funcionário.

5ª etapa:

Retome as perguntas elaboradas, apresentando-as por escrito num cartaz. Discuta com a classe se elas são interessantes e se não são repetitivas. Faça um revisão coletiva, mudando termos que causam dúvidas. Reorganize para deixá-las claras e interessantes.

6ª etapa:

Organize a classe em dupla, distribua as perguntas. Discuta como será o comportamento e a tarefa de cada aluno durante a entrevista. Se possível, assista com a turma a uma entrevista para observar como se comportam os entrevistadores. Estabeleça os combinados de funcionamento dessa atividade, registrando-os. Os combinados devem considerar as formas de tratamento que serão empregadas com cada entrevistado, levando em conta a maior ou menor intimidade entre os entrevistadores e o entrevistado.

Flexibilização:

Coloque-o com uma dupla que favoreça sua atuação. Combine que, quando for a vez de ele fazer a pergunta, deverá mostrá-la por escrito para o entrevistado. Cada pergunta pode estar registrada em uma tira de papel (o que facilita a leitura) e as respostas podem ser gravadas ou escritas pela dupla. Planeje o local da entrevista, o entrevistado pode ser convidado a vir à sala de aula. Para a entrevista com os funcionários, prepare uma lista de perguntas, leia para ele e peça que escolha quais quer utilizar. Estimule-o a expressar outras questões que queira fazer.

7ª etapa:

Treine a entrevista com a classe observando os combinados. Realize a entrevista e registre-a considerando o destino combinado na 1ª etapa.

Produto final: Exposição ou livro de entrevistas.


Avaliação:

Observe o desempenho da turma em relação a algumas questões: o aluno respeita os combinados ao formular as perguntas? Mostra-se interessado em perguntar e escutar as respostas? Lê a pergunta de maneira clara? Considerada a relação mais próxima ou mais distante com o entrevistado ao dirigir-se a ele?
 

quinta-feira, 1 de março de 2012

O alfabeto não pode faltar

Ferramenta indispensável nas salas de séries iniciais, o alfabeto ajuda as crianças a tirar dúvidas sobre a grafia das letras com autonomia. Faça o download e imprima o alfabeto para a sua sala.

 


É assim que se faz em Atenas, a turma consulta o alfabeto na parede para conferir a grafia correta das letras. 

Foto: Gilvan Barreto
Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posição central na classe - de preferência, acima do quadro, no campo de visão de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, é a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como grafá-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeitão dele, é só caminhar pela sequência de letras até encontrá-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dúvida de quantas perninhas tem o M, a resposta também está lá. O alfabeto da classe é um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita.

Não espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painéis de tamanho razoável, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetização inicial. Afinal, ele é um precioso instrumento de consulta para as situações de escrita, uma das quatro situações didáticas mais importantes nesse processo (as outras três são a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se você leciona para pré-escola, 1º ou 2º ano, precisa dominar essas práticas.
Para que o alfabeto realmente ajude na compreensão do funcionamento da escrita, é preciso saber usá-lo. Isoladamente, ele não é nada além de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequência de A a Z não faz ninguém avançar na alfabetização. "Memorizar a ordem das letras é importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianças durante atividades de reflexão sobre a escrita", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.


Baixe o alfabeto como ele deve ser  
FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/ele-nao-pode-faltar-427752.shtml

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO DE AULA - Língua Portuguesa

O e-mail como gênero textual em sala de aula


Wasley de Jesus Santos
Professor universitário, pós-graduado em Língua Portuguesa


Segundo Marcushi (2004), os gêneros textuais são os textos materializados encontrados em nosso cotidiano. Eles apresentam características sociocomunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Para a Linguística Textual, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica e do conto, também identificamos a carta pessoal, a conversa telefônica, o e-mail e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
O e-mail, inclusive, tornou-se um gênero textual altamente utilizado a partir do século XX, precisamente em 1971, com o advento da era digital e do acesso ilimitado de muitas pessoas à rede mundial de computadores. Em princípio, é um sistema de transmissão rápida via internet em que os usuários se comunicam em questão de segundos. O correio eletrônico, ou seja, a página da internet é o suporte e o gênero textual é o e-mail.
Apesar de apresentar desvantagens, como necessidade de provedor de acesso e certa invasão de privacidade – pois esse gênero circula muito livremente pelo ambiente virtual, podendo ser enviado para o endereço errado, ser copiado e até mesmo alterado –, o e-mail também oferece vantagens que superam os previsíveis prejuízos. Dentre elas, a velocidade de transmissão de informações e a possibilidade de envio da mensagem (ao mesmo tempo) para diversos destinatários.
Pensando em uma sala de aula, na visão de um projeto coerente e coeso de ensino de língua materna através de gêneros textuais, o e-mail é uma excelente opção para o professor utilizar em sua práxis. Excelente porque esse gênero está a todo o momento à disposição da necessidade sociocomunicativa do aluno e pode ter também aparência muito semelhante à do bilhete ou da carta pessoal, gêneros estes já bastante recorrentes na escola.
Diante disso, é interessante que o professor compreenda o e-mail como gênero textual; ele tem a estrutura-padrão da carta: vocativo, texto, despedida e assinatura (podendo variar, a depender do grau de formalidade e/ou de quem seja o destinatário). A linguagem varia igualmente conforme a situação estabelecida entre os interlocutores. Seus parágrafos costumam ser curtos, para maior clareza na leitura do texto.
Portanto, ainda dentro desse projeto de ensino de língua materna, há que se pensar como esse gênero se presta ao ensino de língua, em que contribui e de que necessita para sua efetivação de uso em sala de aula.
Tendo em vista o trabalho pedagógico das aulas de linguagem com análise linguística (AL) dos mais variados gêneros textuais, o e-mail propicia um leque de pontos a serem analisados e discutidos pelos alunos e pelo professor. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase exclusivamente literários ou puramente gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta (ou só apresenta) características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido. Ou seja, se a escolha do gênero, a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
A aplicabilidade seria viável: apenas como sugestão de trabalho, o professor, ao tomar o e-mail como gênero textual nas aulas de língua, poderia solicitar aos alunos que escrevessem, por exemplo, um e-mail para uma autoridade da sua cidade, convidando-a para um dado evento da escola. Depois, que outro e-mail fosse elaborado para um amigo íntimo, informando-o de que tal dia não haverá aula e por qual motivo.
Ao avaliar a produção de texto do gênero e-mail, o professor atenta para que sejam observadas pelos alunos as diferenças básicas de cada e-mail-texto produzido, comparando a linguagem usada e as diferenças quanto ao conteúdo e à finalidade. Só muito depois, muito depois de que fossem discutidas, compreendidas e apreendidas as questões concernentes à funcionalidade desse gênero, o professor faria revisões e reescritas, quantas vezes precisar, para adequar a estrutura sintático-semântica das frases, os fatores de coerência, os mecanismos de coesão do texto, o vocabulário adotado etc.
O trabalho de AL, assim, ganharia mais espaço de maneira lógica e didática. As aulas de língua não seriam mais preenchidas com listas de verbos, muito menos com produções textuais desconexas à realidade de mundo do aluno. Seria, portanto, cumprir a bitransitividade do verbo dizer: ensinar o que dizer e como dizê-lo a alguém.

Referências

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 13-67.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. E-mail: um novo gênero textual. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 68-90.


FONTE: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/portugues/0033.html