segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Orientação para a Pesquisa - Profª Doracinéia



Acesse os links para maiores informações sobre a cultura do município de Porciúncula.



Fonte: http://www.google.com.br/imgres

PROJETO: RESGATE CULTURAL DE MINHA TERRA


PROFESSORA DORACINEIA CORREA DUTRA
INSTITUIÇÃO: IE ELIANA DUARTE DA SILVA BREIJÃO

TURMA 4001 CN


JUSTIFICATIVA:

A idéia de se trabalhar com as diferentes manifestações culturais de nosso município com alunos do curso normal, se deve ao fato de que a educação tem um compromisso com o resgate e a disseminação das raízes e da história de nosso povo.
É preciso que a cultura seja encarada como parte da história de um povo, o que caracteriza hábitos e costumes que precisam ser resgatados e respeitados.
Assim os professores precisam incluir em suas atividades docentes atividades que possam enriquecer os conhecimentos dos alunos, resgatando sua cultura e sua identidade enquanto cidadão capaz de construir seu futuro ,sem esquecer de seu passado e de suas raízes.

OBJETIVOS:
  1. Investigar as origens das nossas manifestações culturais e qual a sua importância para a historio do município.
  2. Pesquisar e relacionar fatos da nossa história e da nossa cultura.
  3. Valorizar e divulgar a cultura de nosso município num contexto educativo de ensino e aprendizagem.
ETAPAS:
  1. Assistir documentário no Cineclube de Porciúncula sobre as diferentes manifestações culturais em nosso município.
  2. Pesquisar no LIED as origens das diversas formas de manifestação cultural , principalmente as apresentada no documentário do município.
  3. Entrevistar pessoas que fazem parte da cultura de nosso município.
  4. Assistir em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura apresentações culturais do município.
  5. Apresentar sugestões de como a cultura de nosso município pode ser trabalhada com crianças do Ensino Fundamental anos iniciais. 
    ( sugestões de atividades para as crianças)
AVALIAÇÃO:
O aluno será avaliado pelo seu envolvimento no projeto , pela sua participação nos trabalhos desenvolvidos e pela qualidade de suas apresentações.

Mensagem da Semana

Utilizando o Laboratório de Informática Educativa


- Atividade Avaliatória -

Disciplina: Ciências
Professora: Gislene Araújo Miranda
Turmas: 702

                   
Os Filos dos Invertebrados


ATENÇÃO!
Acesse o link  abaixo, faça sua avaliação 
respondendo o formulário.

https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dEM1d2Y4V0lYTDFibWNmbUtqdEdCVnc6MQ



         
                           
- Atividade Avaliatória -


Disciplina: Ciências
Professora: Gislene Araújo Miranda
Turmas: 801 e 802


 Sistema Nervoso e Sistema Endócrino.

 
 
 
 
 

ATENÇÃO! 
Acesse o link  abaixo, faça sua avaliação 
respondendo o formulário.


ROTEIRO DE AULA

- Tecnologia e Educação - 
As mídias na prática docente.






Professora Gislene L. de Araújo Miranda

Disciplina: Ciências
Turma: 801 e 802

Dias: 18,20 e 27/10

Objetivo: Conhecer os tipos de Drogas e suas consequências no corpo humano.


Desenvolvimento:
Pesquisa sobre Drogas alucinogêneas, euforizontes e depressoras, drogas lícitas e ilícitas.
Apresentação de trabalho em grupo.

Atividades Realizadas: Pesquisa na Internet.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Consciência negra o ano todo

Novembro é o mês da consciência negra, mas relações raciais e o respeito à diversidade devem ser trabalhados o ano todo. 

Confira como tratar essas questões neste especial com mais de 35 textos.  Boa leitura! 

 

      ACESSE O LINK E VEJA A MATÉRIA COMPLETA.    

FONTE:http://revistaescola.abril.com.br/consciencia-negra/

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Filhos...Fique ligado!

Pesquisa americana mostra que as crianças que assistem televisão após as 19h têm mais dificuldades para dormir

 Shutterstock


Televisão, videogame, celular, computador. Esses eletrônicos cada vez mais fazem parte da rotina das crianças. Apesar da variedade de programas, desenhos animados, jogos, brincadeiras e redes sociais, o excesso de “tela” pode causar problemas de sono na vida das crianças. 


Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Seattle, nos Estados Unidos com 617 crianças entre 3 e 5 anos, mostrou que aquelas que assistem televisão após as 19h têm mais problemas para dormir - como dificuldade para adormecer, acordam várias vezes durante a noite, têm pesadelos e sonolência diurna.

A pesquisa também analisou o tipo de programação que essas crianças assistiam. Segundo os cientistas, programas com violência – como desenhos animados, novelas e filmes – geram uma dose extra de adrenalina no corpo, o que dificulta o sono das crianças. E para tanto, não importa a hora em que assistem aos programas. Mesmo que seu filho veja um desenho violento pela manhã, ele poderá ter dificuldade para dormir durante a noite.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores se basearam em relatos dos pais das crianças e perceberam também que aquelas com televisão no próprio quarto podem assistir até 40 minutos a mais que as outras por dia.

Segundo a pediatra norte-americana Michelle Garrison, autora da pesquisa, alguns estudos anteriores feitos nos Estados Unidos, mostram que, pelo menos, um em cada quatro crianças têm televisão em seus quartos. “Isso acontece porque muitas famílias acreditam erroneamente que assistir TV pode ajudar seus filhos a pegarem no sono”, diz a especialista.

Aqui no Brasil, a situação não é diferente. “Sou pediatra há 16 anos e tenho percebido que as crianças têm problemas de sono cada vez mais cedo e a causa, quase sempre, está no excesso de tela e na falta de um ritual para dormir, que deve começar antes de dormir”, diz o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

 Como reduzir as horas em frente à TV
Criar uma rotina de sono é fundamental. A partir das 18h, comece a diminuir o ritmo da casa. Dê um banho em seu filho para relaxar, em seguida, o jantar. O ideal é que seu filho deixe os eletrônicos de lado até uma hora antes de ir para a cama. Se ele já está acostumado com a TV, tente substituir por outra atividade. Que tal ler um livro, ouvir música, ver fotos ou jogar algo que ele goste?
A recomendação é tirar a TV de uma vez, mas você pode combinar de ir reduzindo aos poucos ao longo de uma semana. E é preciso ser firme. Mesmo que seja difícil, ele vai acabar se acostumando.


FONTE: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI247795-15161,00.html

PROJETO ARGUMENTAÇÃO: ARTIGO DE OPINIÃO




Semana que vem começa a nova postagem dos próximos artigos de opinião, cujo o tema é:

" A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS - 
COMO COMBATER ESTE MAL"


ATENÇÃO!

Só enviem seu trabalho (individualizado) para o e-mail cantinhodoaluno@gmail.com em um documento identificado com seu nome e turma. Para maiores informações visualizem o marcador da Profª Carminate no BLOG do Instituto de Educação.
Qualquer dúvida procurem a Juliana (Orientação Tecnológica).
Beijinhos,
Carminate e Juliana

Atenção Alunos das turmas: 1001,1002 e 3001 FG


 

- Orientações Importantes - 
Profª Cristiane Carminate


vista parcial em Ouro Preto







Utilize fonte arial (tamanho 12). Os títulos e subtítulos podem ser em tamanho 14 em negrito.

Faça sempre uma correção com o propósito de corrigir erros ortográficos e gramaticais no ícone do computador “ ortografia e gramática”.


Envie por e-mail: cantinhodoalunonolied@gmail.com em ANEXO da seguinte forma:

Cada aluno(a) será responsável pelo envio apenas de seu trabalho.
Modelo: CamilaRibeiroFernandes/1001FG

OBS: NÃO ENVIE O TRABALHO DE OUTRO COLEGA NO SEU DOCUMENTO.


MODELO

Título

Por: Camila Ribeiro Fernandes – 1001 FG

                                  texto digitado

Mural: a informação perto de você!































Filhos

Pesquisa americana mostra que as crianças que assistem televisão após as 19h têm mais dificuldades para dormir

 Shutterstock



Televisão, videogame, celular, computador. Esses eletrônicos cada vez mais fazem parte da rotina das crianças. Apesar da variedade de programas, desenhos animados, jogos, brincadeiras e redes sociais, o excesso de “tela” pode causar problemas de sono na vida das crianças. 


Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Seattle, nos Estados Unidos com 617 crianças entre 3 e 5 anos, mostrou que aquelas que assistem televisão após as 19h têm mais problemas para dormir - como dificuldade para adormecer, acordam várias vezes durante a noite, têm pesadelos e sonolência diurna.

A pesquisa também analisou o tipo de programação que essas crianças assistiam. Segundo os cientistas, programas com violência – como desenhos animados, novelas e filmes – geram uma dose extra de adrenalina no corpo, o que dificulta o sono das crianças. E para tanto, não importa a hora em que assistem aos programas. Mesmo que seu filho veja um desenho violento pela manhã, ele poderá ter dificuldade para dormir durante a noite.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores se basearam em relatos dos pais das crianças e perceberam também que aquelas com televisão no próprio quarto podem assistir até 40 minutos a mais que as outras por dia.

Segundo a pediatra norte-americana Michelle Garrison, autora da pesquisa, alguns estudos anteriores feitos nos Estados Unidos, mostram que, pelo menos, um em cada quatro crianças têm televisão em seus quartos. “Isso acontece porque muitas famílias acreditam erroneamente que assistir TV pode ajudar seus filhos a pegarem no sono”, diz a especialista.

Aqui no Brasil, a situação não é diferente. “Sou pediatra há 16 anos e tenho percebido que as crianças têm problemas de sono cada vez mais cedo e a causa, quase sempre, está no excesso de tela e na falta de um ritual para dormir, que deve começar antes de dormir”, diz o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

 Como reduzir as horas em frente à TV
Criar uma rotina de sono é fundamental. A partir das 18h, comece a diminuir o ritmo da casa. Dê um banho em seu filho para relaxar, em seguida, o jantar. O ideal é que seu filho deixe os eletrônicos de lado até uma hora antes de ir para a cama. Se ele já está acostumado com a TV, tente substituir por outra atividade. Que tal ler um livro, ouvir música, ver fotos ou jogar algo que ele goste?
A recomendação é tirar a TV de uma vez, mas você pode combinar de ir reduzindo aos poucos ao longo de uma semana. E é preciso ser firme. Mesmo que seja difícil, ele vai acabar se acostumando.


FONTE: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI247795-15161,00.html

Nova vacina contra meningite é lançada no Brasil

 Shutterstock



A Menveo® é indicada para a imunização ativa de crianças a partir dos 11 anos e protege contra os grupos A, C, W-135 e Y da doença




A partir desta semana, chega ao Brasil uma nova vacina que previne contra quatro (A, C, W-135 e Y) dos cinco principais grupos da meningite meningocócica. Conhecida como Menveo®, ela é indicada, inicialmente, para imunização de crianças maiores de 11 anos e adultos e já está disponível em clínicas privadas com preço médio de R$ 170. A vacina deve ser aplicada em uma única injeção intramuscular.

Para ser aprovada, a vacina foi administrada em mais de 18.500 pessoas durante estudos clínicos e já é comercializada em diversos países desde 2010. A Novartis, empresa detentora da vacina, planeja apresentar dados adicionais à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação do uso da vacina em crianças a partir de 2 meses de idade, com base nos resultados de estudos clínicos realizados em pacientes nesta faixa etária, ainda sem prazo.

No Brasil, a vacina conjugada contra o meningococo C - responsável por quase 60% dos casos da doença no país - faz parte do calendário oficial de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, somente crianças de até 2 anos podem ser vacinadas gratuitamente, sendo a 1ª dose aos 3 meses, a 2ª dose aos 5 meses e o reforço entre 1 e 2 anos.

Para o infectologista Marcos Lago, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se a criança maior de 2 anos ainda não tomou a vacina meningocócica C conjugada no SUS, vale a pena dar uma dose única da vacina contra o meningococo C em uma clínica particular. “Quando completar 11 anos, faz-se um reforço com a nova vacina para se prevenir contra os três outros tipos da doença”, explica.

Vítima em Salvador
No último sábado (15), uma menina de 11 anos morreu de meningite tipo C, no Hospital Roberto Santos, em Salvador, de acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Jorge Solla. Parentes da criança relataram que ela começou a passar mal na madrugada de sábado. Ela morava na Estrada das Barreiras, no bairro do Cabula.

Na manhã de sábado, a garota foi levada para o hospital com placas vermelhas pelo corpo, mas não resisitu a uma parada cardio-respiratória, consequência da meningite. Agentes da Vigilância Sanitária estiveram na região no domingo (16) e receitaram antibióticos às pessoas que tiveram contato com a garota. O caso reforça a importância de dar a vacina em todas as crianças.

Saiba mais sobre a doença
A meningite é transmitida por gotículas da saliva. Por isso, é preciso redobrar o cuidado nas estações frias, quando as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados.

Os sintomas da doença são febre alta, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos, náuseas, rigidez no músculo da nuca, ombro e costas, falta de apetite, dores musculares e agitação física e mental, além de manchas vermelhas na pele.

Crianças com menos de um ano podem demonstrar irritabilidade, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com ou sem convulsões.

Fonte: Anvisa

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI273354-15055,00-NOVA+VACINA+CONTRA+MENINGITE+E+LANCADA+NO+BRASIL.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Curso LINUX Básico para alunos do CES


Estamos na era da informação, você já deve ter percebido que o computador está presente em praticamente todas as atividades humanas modernas.
Portanto é mais do que provável que você venha a utilizar um computador em muitas das suas atividades. Aprender a utilizá-lo de maneira correta será indispensável, caso você atue ou venha a atuar em uma profissão fora das atividades primárias. 

Nossa Missão
O Instituto de Educação "Eliana Duarte da Silva Breijão"  com o objetivo de capacitar  alunos do CES que buscam uma colocação no mercado de trabalho, bem como os que visam um aperfeiçoamento, quanto aos seus conhecimentos na área de informática, forneceu um curso de capacitação para estes alunos dado pelas Ots da escola no LIED.
Sendo nosso último encontro gostaríamos que os alunos postassem um comentário avaliando este curso: sua importância e utilidade.

Projeto: Escola sustentável

Objetivos 
 
- Geral: Implantar práticas sustentáveis na escola.

- Para a direção, a coordenação pedagógica, os professores e os funcionários: Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir coerentemente com elas.

- Para os alunos: Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos conteúdos trabalhados em sala de aula.

- Para a comunidade do entorno: Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação.

Conteúdos de Gestão Escolar 

- Administrativo: Levantamento da demanda dos recursos naturais que entram na escola (água, energia, materiais e alimentos), dos resíduos e da situação estrutural do edifício (instalações elétricas e hidráulicas).


- Comunidade: Envolvimento na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores e a realização de interferências na paisagem.

- Aprendizagem: Desenvolvimento de habilidades que contemplem a preocupação ambiental nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade.

Tempo estimado:
O ano todo.

Material necessário:
Contas de luz e água, plantas do projeto da escola, planilhas para a anotação de dados sobre o consumo de recursos naturais, cartazes de papel reciclado para a confecção de avisos sobre desperdício, papeis para mapas e croquis e material escolar em geral.

Desenvolvimento 

1ª etapa: Planejamento em equipe
Reúna os funcionários e inicie uma conversa sobre a importância de criar um ambiente voltado à sustentabilidade ambiental. Proponha a formação de grupos que avaliarão como a escola lida com os recursos naturais, o descarte de resíduos e a manutenção de áreas verdes ou livres de construção. É importante que a composição das equipes esteja acordada por todos, assim haverá motivação e interesse. Você, gestor, pode organizar a formação dos grupos, estimar os tempos e objetivos das tarefas e sugerir parcerias. Por exemplo, funcionários da secretaria que cuidam da compra de alimentos podem atuar com a equipe da cozinha.

2ª etapa: Diagnóstico inicial
Oriente cada grupo a fazer uma avaliação atenta do assunto escolhido. Por exemplo, a equipe que analisará o uso da energia deve levantar informações sobre a distribuição de luz natural, os períodos e locais em que a energia artificial fica ligada, as luminárias usadas e a sobrecarga de tomadas. Já o grupo que cuidará da água levantará o consumo médio na escola e verificará as condições de caixas- d’água, canos e mangueiras. No fim, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade escolar.

3ª etapa: Implantação
Com base no diagnóstico inicial, monte com os grupos um projeto que contemple os principais pontos a serem trabalhados. Algumas soluções são:

- Energia: Incentivar a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers.

- Água: Providenciar o conserto de vazamentos e disseminar, com lembretes nas paredes, a prática de fechar torneiras durante a lavagem da louça, a escovação dos dentes e a limpeza do edifício. Se houver espaço e recursos, construir cisternas é uma boa opção para coletar a água da chuva, que pode servir para lavar o chão e regar áreas verdes.

- Resíduos: Caso não haja coleta seletiva pelo serviço público, deve-se buscar parcerias com cooperativas de catadores. Além disso, é possível substituir, sempre que possível, sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado e trocar o cimento pela terra prensada na construção de alguns equipamentos, como bancos no jardim. Outras iniciativas: manter composteiras para a destinação do lixo orgânico e a produção de adubo, implantar programas contra o desperdício de comida e promover o uso e o descarte corretos dos produtos de limpeza.

- Biodiversidade: Investir no aumento da superfície permeável e de áreas verdes cria espaços para o desenvolvimento de espécies animais e vegetais, além de refrescar o ambiente, diminuir a poeira e aumentar a absorção de água da chuva.

4ª etapa: Definição de conteúdos disciplinares
Em reuniões com coordenadores e professores, levante os conteúdos pedagógicos que podem receber o apoio do projeto ao ser trabalhados em sala, como:

- A importância da água para a vida na Terra;
- O desenvolvimento dos vegetais;
- A dinâmica da atmosfera terrestre;
- As transformações químicas;
- Os tipos de poluição;
- Os combustíveis renováveis e não-renováveis;
- As cadeias alimentares;
- Os ciclos do carbono e do nitrogênio;
- A importância dos aquíferos;
- O estudo das populações, entre outros.

5ª etapa: Sensibilização da comunidade
Para aproximar as famílias e permitir que elas também apliquem as ações sustentáveis do projeto em seu dia a dia, é preciso envolvê-las desde o início. Nesse sentido, o diretor pode convocá-las a participar de reuniões e eventos sobre o tema, expor as mudanças implantadas na escola em painéis, apresentar as reduções nas contas de água e de luz e convidá-las a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola.

6ª etapa: Manutenção permanente das ações
Acompanhe o andamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências. Reúna os envolvidos para fazer as avaliações coletivas das medidas adotadas. Não hesite em reforçar os princípios do projeto sempre que julgar necessário e procure levar em consideração novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. É importante ter em mente que essa manutenção deve ser permanente e não apenas parte isolada do projeto.

Avaliação:
Retome os objetivos do projeto, recordando o que a escola espera alcançar, e questione se eles foram atingidos, total ou parcialmente. Monte uma pauta de avaliação sobre cada item trabalhado e retome aqueles que merecem mais aprofundamento. Avalie também o envolvimento da equipe e dos alunos, se todos estão interessados na questão ambiental e se eles mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo.

 

Aulas que estão no gibi

Ao criar histórias em quadrinhos, turma de alfabetização aprende a transmitir suas ideias utilizando o desenho e a palavra

As crianças desenharam seus personagens preferidos, como o Cascão, e pesquisaram os diferentes tipos de balão: trabalho para entender as variações da língua

As crianças desenharam seus personagens preferidos, como o Cascão, e pesquisaram os diferentes tipos de balão: trabalho para entender as variações da língua
Houve tempo em que levar revista em quadrinhos para a classe valia repreensão e castigo e o aluno ainda se arriscava a perder o gibi. Pois a professora Cynthia Nagy, do Colégio Mopyatã, na capital paulista, fez exatamente o contrário: usou o material preferido de seus alunos da pré-escola para animar suas aulas de Português e Educação Artística. "Enquanto eram alfabetizadas, as crianças aprenderam as características desse tipo de linguagem e, no final do ano, estavam desenhando e escrevendo histórias", relata Cynthia. "As revistas têm a particularidade de unir duas formas de expressão cultural: a literatura e as artes plásticas", analisa a professora. 

Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisas em História em Quadrinhos da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), endossa as palavras de Cynthia. "Cada vez mais os produtos culturais se entrelaçam", afirma. No caso dos quadrinhos, o resultado é um veículo extremamente atraente para as crianças. "Por isso, considero bastante oportuna sua utilização em sala de aula", completa Waldomiro. Além disso, a experiência se enquadra tanto nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil quanto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ambos falam da importância do trabalho com diferentes tipos de texto, entre eles os quadrinhos. De acordo com a consultora de Português Maria José Nóbrega, uma das elaboradoras dos PCN de 5ª a 8ª séries, entre as vantagens de utilizar esse recurso na alfabetização está a possibilidade de a turma ler textos só em letras maiúsculas. "Isso permite exercitar a autonomia da leitura recém-conquistada", justifica. Investigando os balões A experiência de Cynthia começou com o material de que ela dispunha em sala. Colocados num canto, os gibis estavam sempre ao alcance de seus 22 alunos. Quem não sabia ler escutava as histórias contadas por ela e pelos sete colegas já alfabetizados. As primeiras historinhas começaram a ser feitas depois de a classe conversar sobre as revistas preferidas. No princípio, os pequenos copiavam os desenhos das revistas com papel vegetal e mudavam apenas o texto. "Expliquei que essa foi a técnica utilizada pelos primeiros desenhistas no Brasil", conta Cynthia. Para Maria José, informações históricas como essa são importantes para que a criança conheça bem o gênero de linguagem com que está trabalhando. "Também é interessante mostrar à classe personagens desconhecidos", recomenda. Esse exercício fez parte da rotina das aulas de Cynthia. "Eu e as crianças procurávamos tiras nos jornais e colávamos as melhores num cartaz." A pesquisa foi uma constante no projeto. Um dos primeiros itens investigados pelos alunos foram os balões. As crianças recortaram das revistas vários tipos, como os de fala, pensamento, sonho, amor, grito, cochicho e uníssono. Em seguida, estudaram o que eles continham. Viram que, além de palavras comuns, traziam onomatopéias ou mesmo um simples desenho. "Tudo o que as crianças descobriam era socializado com os colegas nas discussões em roda", diz Cynthia. 


Continue lendo a reportagem 


http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/aulas-estao-gibi-423458.shtml

    sexta-feira, 21 de outubro de 2011

    Educação não tem cor

    Com discussões e projetos bem elaborados, é possível combater o preconceito racial que existe, sim, na escola. 

    Está nas suas mãos, professor, o sucesso dessas crianças, negras e brancas,como alunas e cidadãs.

    A aluna Roseane queria ter os cabelos
    trançados como os da colega Juliana:
     ampliação dos padrões de beleza. 



     Foto: Ricardo B. Labastier/ Sorvo


    PROJETO INSTITUCIONAL
    REPORTAGENS

    ESPECIAL
    Roseane Souza de Queirós, 8 anos, tem os cabelos lisos e claros, mas queria que eles fossem trançados e escuros como os da colega de sala de aula Juliana Francisca de Souza Claudino, uma garota negra também de 8 anos. Um dia, apareceu com o mesmo penteado afro. A atitude de Roseane surpreende. É muito, muito mais comum a criança negra desejar se parecer com a maioria dos heróis dos contos de fadas europeus, com as modelos estampadas em revistas e jornais e com os colegas que recebem maior atenção em sala, todos brancos e loiros. As duas meninas participam sistematicamente de discussões e projetos anti-racistas na Escola Classe 16, no Gama (DF). O desejo de Roseane é um exemplo concreto de que é possível combater na escola preconceitos e estereótipos enraizados.
    E prova, de acordo com especialistas, que uma das saídas para o fim das desigualdades educacionais do Brasil está em enfrentar as desigualdades raciais que estão presentes, sim, no ambiente escolar. Quer ver como? A começar pelo currículo. A história e a cultura negras têm pouco ou nenhum destaque, diferentemente da cultura européia. Em um país com 44% de população afro-descendente, quantas pessoas conhecem a rainha Nzinga, líder da libertação do reino africano Ndongo em 1660, ou Dandara, guerreira do Quilombo dos Palmares, ao lado de Zumbi?

    Outro dado: a participação das crianças negras na última série do Ensino Médio representa a metade da registrada na 4ª série. Já os brancos somam 44% dos alunos da 4ª série, mas totalizam 76% na 3ª série do Ensino Médio. Mais: a escolaridade média de um negro com 25 anos gira em torno de 6,1 anos. Um branco da mesma idade tem cerca de 8,4 anos de estudo. Dessa maneira, é possível concluir que crianças negras, como Juliana, enfrentam muitos obstáculos para permanecer na escola. E, sem dúvida, está nas mãos dos professores o futuro delas como alunas e cidadãs, defensoras de seus direitos.

    Portanto, eis uma demanda urgente para você: ampliar a discussão e os projetos pedagógicos que privilegiem a igualdade racial. Desde maio, com a aprovação da Lei nº 10.639, é obrigatório o ensino de história da África e da cultura afro-brasileira em todas as escolas de Ensino Fundamental e Médio. Para ajudá-lo a se adequar, mostramos os principais erros e acertos sobre as questões raciais e projetos pedagógicos que valem como inspiração para trabalhar o assunto em novembro, mês de comemoração da consciência negra, e durante o ano todo.

    Passado e presente de discriminação.

    Uma boa medida para entender o impacto do preconceito e da discriminação na vida escolar é analisar a biografia de professores negros. Quem é a professora de Juliana e Roseane, que conseguiu ampliar padrões de beleza na sala de aula?

    Marizeth Ribeiro da Costa de Miranda, 39 anos, escolheu a profissão movida por suas experiências pessoais de racismo na escola e fora dela. Dois momentos são extremamente marcantes na trajetória de estudante de Marizeth: um passeio de coleira pelos corredores da escola (um colega quis reproduzir uma imagem de escravos mostrada no livro de História) e o tapa que levou de uma professora, quando conversava com uma colega branca na sala de aula. Somente Marizeth foi repreendida. "Precisei de muita força para não desistir dos estudos. Mas segui minha vida escolar calada", afirma.

    O silêncio é uma constante nas relações raciais. De forma consciente, como fez Marizeth, ou inconsciente, como agem os que não sabem lidar com o assunto. Desse modo, tornou-se natural tratar a história do negro apenas na perspectiva da escravidão e aceitar padrões estéticos e culturais de uma suposta superioridade branca. Sobre isso, disse o líder negro americano Martin Luther King (1929-1968): "Temos de nos arrepender nessa geração não tanto pelas más ações das pessoas más, mas pelo silêncio assustador das pessoas boas".
    O relato de vida de professores negros foi tema de um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais. As histórias que fazem parte da pesquisa se confundem em muitos pontos. Apelidos, xingamentos e discriminações são experiências vividas por todos os entrevistados. "Todos deixaram por algum período a escola, seja por problemas financeiros, seja por falta de motivação. As singularidades estão expressas na forma como cada um reagiu ao preconceito e à discriminação racial e nos processos pelos quais, gradativamente, chegaram a perceber a condição do negro no Brasil", conta Patrícia Santana, professora responsável pela pesquisa.

    A cultura negra em sala de aula.

    ERROS

    - Abordar a história dos negros a partir da escravidão.

    - Apresentar o continente africano cheio de estereótipos, como o exotismo dos animais selvagens, a miséria e as doenças, como a aids.

    - Pensar que o trabalho sobre a questão racial deve ser feito somente por professores negros para alunos negros.

    - Acreditar no mito da democracia racial.


    ACERTOS

    - Aprofundar-se nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a história da África antes da escravidão.

    - Enfocar as contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo negro.

    - A questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos.

    - Reconhecer a existência do racismo no Brasil e a necessidade de valorização e respeito aos negros e à cultura africana.
     Na infância, parece que somos iguais
    A história de Creuza Maria de Souza Yamamoto, professora da rede municipal de São Paulo, comprova os resultados da dissertação. Ela só se deu conta do racismo na vida adulta. "Na infância, parece que somos todos iguais e eu tentava me enxergar como meus colegas brancos. Mas minha cor era sempre motivo de piadas", lembra. Atenção e carinho dos professores não fazem parte das lembranças de Creuza. Ela ouviu mais de uma vez frases do tipo: "Ah... esses alunos são burros. Não dá para esperar muito deles". Adulta, optou pelo magistério e, na sala dos professores, o preconceito permanecia o mesmo. "No auge de uma discussão com uma colega, ouvi que meu lugar era na cozinha e não em sala de aula", conta. Creuza era a única professora negra da escola. Hoje, em outra escola, a primeira atividade que faz ao assumir uma turma nova é medir a intensidade do preconceito em seus alunos. Bonecas negras e brancas são colocadas no centro da sala de aula para chamar a atenção das crianças. "Infelizmente, quase sempre as bonecas negras são ignoradas, até mesmo pelos alunos negros."

    Relação melhora com discussões.

    A escolarização significou para Marizeth, Creuza e os personagens ouvidos por Patrícia Santana uma possibilidade de ascensão social. E se tornar professor, além de ser um caminho para a melhoria de vida, foi uma escolha política. "Eu não quero que meus alunos negros sofram o tanto que eu sofri", afirma Marizeth. Assim, sempre que possível, elabora projetos pedagógicos e lança discussões sobre as relações raciais em sala de aula. O trabalho tem dado resultado. A relação entre os alunos negros e brancos está melhor e com a valorização da cultura negra, agora Juliana sabe que pode ficar bonita com suas tranças, diferentemente do que acontecia com a menina Marizeth. "E pensar que eu tinha a cabeça cheia de feridas por causa do creme que meu pai aplicava para alisar meus cabelos", lembra, emocionada. Esses exemplos valem uma reflexão: com quantas situações de preconceito e discriminação você depara todos os dias?

    Lei institui valorização da África.

    Da geração das professoras Marizeth e Creuza à de Juliana e Roseane, os negros alcançaram importantes conquistas na educação. E somente agora há sinais concretos de mudanças para o futuro nas relações inter-raciais. Primeiro foram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que orientam a promoção da igualdade em um dos temas transversais, Pluralidade Cultural. Mas um passo muito maior e mais significativo para o ensino foi dado com a Lei no 10.639. "A legislação rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural europeia", afirma Eliane Cavalleiro, pedagoga e coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão Educacional do Ministério da Educacão (MEC). Ou seja, o mundo não se resume às conquistas e derrotas do continente europeu.

    O documento determina que a história da África seja tratada em perspectiva positiva, não privilegiando somente as denúncias da miséria que atinge o continente. A importância dos anciãos na preservação da memória e a religiosidade, por exemplo, passam a fazer parte dos conteúdos, assim como o conhecimento da contribuição dos egípcios para o desenvolvimento da humanidade. As marcas da cultura de raiz africana devem ser ressaltadas particularmente em Artes, Literatura e História do Brasil. E mais. Os professores precisam valorizar a identidade negra e ser capacitados para destruir o mito da democracia racial no Brasil, criado durante o regime militar (1964-1985). "Quem estudou nas décadas de 1970 e 1980 aprendeu nos livros que o apartheid era um fenômeno de segregação racial restrito à África do Sul e que no Brasil não existia racismo. Não podemos mais acreditar nisso", afirma Cidinha da Silva, historiadora e presidente do Instituto da Mulher Negra (Geledés), de São Paulo.

    Pesquisas e música afro.

    A lei só sairá do papel se você tiver acesso a material e formação sobre a temática racial na educação. Portanto, agora é hora de buscar bibliografia sobre o assunto, eleger o tema para discussão em grupos de estudos e fomentar a criação de cursos em sua escola e cidade sobre educação anti-racista.

    A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo distribuiu 58 mil livros de literatura e de formação para a maioria das escolas da cidade. Foi lançado um kit com 40 títulos que valorizam a cultura e a identidade negra, como Menina do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, e Felicidade Não Tem Cor, de Júlio Emílio Braz. O pacote inclui capacitação a 3 mil coordenadores das salas de leituras de escolas paulistanas. "Nossa opção de promover uma prática de igualdade racial parte de uma bibliografia. Esse é apenas um caminho", afirma Marilândia Frazão, assessora de assuntos de política pública e ações afirmativas da secretaria de Educacão de São Paulo.

    Algumas cidades têm trabalhos na mesma linha e o resultado aparece nos projetos que começam a pipocar. O professor de História Eduardo Benedito Leite de Almeida, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. João Alves dos Santos, em Campinas (SP), explorou a pesquisa científica com turmas de 7ª série em um trabalho interdisciplinar. Entrevistas, questionários, leitura de livros, revistas e jornais, seminários, confecção de cartazes, desenhos, charges e histórias em quadrinhos ocuparam os alunos por todo o ano letivo. Os temas eram variados, mas todos ligados às relações inter-raciais. Um grupo de alunos pesquisou com moradores da comunidade ao redor da escola se existia racismo no Brasil, outro registrou tudo sobre as festas religiosas africanas e um terceiro conheceu manifestações folclóricas, como a congada.

    Leitura e interpretação de indicadores sociais sobre a população negra foram feitas nas aulas de Matemática. Um dos objetivos do projeto era a produção de material de pesquisa. Assim, tudo era registrado em vídeo, fotografias ou artigos publicados no jornal da escola, como a oficina de maracatu. Nessa etapa, o professor contou com a participação de um grupo do movimento negro, que ensinou aos alunos a importância das batidas e dos significados desse ritmo africano. Uma das orientações da Lei nº 10.639 é contar com os membros do movimento negro para elaborar projetos pedagógicos. "O trabalho ainda não acabou, mas já é possível perceber mudanças significativas no tratamento entre os alunos e no interesse pelas coisas da África", conta Eduardo.

    O projeto foi um dos vencedores do prêmio Educar para a Igualdade Racial, promovido pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), de São Paulo. Uma ótima fonte de experiências sobre combate ao racismo nas escolas. "O próximo passo é estabelecer indicadores de uma boa prática em classe. Ainda há disparidade entre o discurso de reconhecimento do racismo e as atividades pedagógicas", diz Isabel Aparecida dos Santos, assessora pedagógica do Ceert.

    A identidade da criança negra.

    O trabalho de educação anti-racista deve começar cedo. Na Educação Infantil, o primeiro desafio é o entendimento da identidade. A criança negra precisa se ver como negra, aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, deve ser cuidadosa a seleção de livros didáticos e de literatura que tenham famílias negras bem-sucedidas, por exemplo, e heróis e heroínas negras. Se a linguagem do corpo é especialmente destacada nas séries iniciais, por que não apresentar danças africanas, jogos como capoeira, e músicas, como samba e maracatu?

    Em Artes, a professora Simone Marambaia Lins de Carvalho, da Escola Fundação Bradesco, no Rio de Janeiro, trabalhou máscaras africanas com turmas de 1ª série. Um dos eixos do projeto Ser Negro, sem Preconceito era desmitificar estereótipos da África. Os alunos pesquisaram curiosidades do continente africano até chegar à arte, como a cultura de Benim, na Nigéria, produtora de máscaras religiosas. Papelão, tinta e cola renderam modelos coloridos e divertidos para afastar os maus espíritos. Para a compreensão da realidade atual do negro no Brasil, a turma conheceu como era o cotidiano das crianças na época da escravidão, analisando imagens. As obras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), que foram comparadas às fotografias publicadas em jornais atuais, dão um panorama crítico da situação do passado e do presente. "Ainda há muito sofrimento e violência contra a criança negra, mas o contraponto do projeto estava na alegria e na majestade da cultura africana", explica a professora. Tudo como deve ser. Sem constrangimentos nem mitos equivocados.

    Um histórico das lutas e conquistas recentes.


    A ciência dos séculos 18 e 19 considerava que os brancos possuíam maior capacidade intelectual. Depois vinham os índios e, por último, os negros. Alguns estudos afirmavam que os negros se situavam abaixo dos macacos. "Qualquer que seja o grau dos talentos dos negros, ele não é a medida dos seus direitos", Thomas Jefferson (1743-1826), político americano.

    1948 - Uma das mais significativas experiências de mobilização negra foi o jornal Quilombo, editado no Rio de Janeiro. A edição nº 0, ano 1, trazia a seguinte afirmação: "Nos dias de hoje a pressão contra a educação do negro afroxou (sic) consideravelmente, mas convenhamos que ainda se acha muito longe do ideal".

    1949 - 1º Congresso do Negro Brasileiro. Temas abordados: sobrevivências religiosas e folclóricas; formas de luta (capoeira de Angola, batuque, pernada); línguas (nagô, gegê, língua de Angola e do Congo, as línguas faladas nos anos de escravidão).

    Década de 1950 - Iniciam-se os primeiros estudos sobre preconceitos e estereótipos raciais em livros didáticos no Brasil.

    Décadas de 1960 e 1970 - Os militares oficializaram a ideologia da democracia racial e a militância que ousou desafiar esse mito foi acusada de imitadora dos ativistas americanos, que lutavam pelos direitos civis. O mito da democracia racial persiste até hoje.

    Década de 1980 - Retomada dos estudos sobre preconceitos e estereótipos raciais em livros didáticos. Os resultados das pesquisas apresentam a depreciação de personagens negros, associada a uma valorização dos brancos.

    1984 - Em São Paulo, a Comissão de Educação do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e o Grupo de Trabalho para Assuntos Afro-Brasileiros promoveu discussões com professores de várias áreas sobre a necessidade de rever o currículo e introduzir conteúdos não discriminatórios.

    1985 - A comemoração de 13 de maio foi questionada pela Comissão por meio de cartazes enviados às escolas do estado de São Paulo. O material também exaltava 20 de novembro como data a comemorar a consciência negra.

    1986 - A Bahia inseriu a disciplina Introdução aos Estudos Africanos nos cursos de Ensino Fundamental e Médio de algumas escolas estaduais atendendo a antiga reivindicação do movimento negro.

    1996 - Entre os critérios de avaliação dos livros didáticos comprados e distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foram incluídos aqueles específicos sobre questões raciais.

    1998 - Inclusão da Pluralidade Cultural entre os temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

    2003 - A publicação da Lei no10.639 tornou obrigatório o ensino da História da África e dos Afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio.

    Fonte: estudos e pesquisas de Benilda Regina Paiva de Brito e Fúlvia Rosemberg
    Quer saber mais?
    Contatos
    Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), R. Duarte de Azevedo, 737, 02036-022, São Paulo, SP, tel. (11) 6978-8333, internet: www.ceert.org.br


    Escola Classe 16, Q 06 área especial, setor Sul, 72415-060, Gama, DF, tel. (61)556-2553


    Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. João Alves dos Santos, Estr. dos Amarais, 635, 13067-170, Campinas, SP, tel. (19) 3281-2694


    Fundação Bradesco, R. Haddock Lobo, 253, 20260-131, Rio de Janeiro, RJ, tel. (21) 2503-1664


    Bibliografia
    Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro
    , Rosa Margarida de Carvalho Rocha, 167 págs., Ed. Mazza, tel. (31) 3481-0591, 29 reais


    FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/educacao-nao-tem-cor-425486.shtml

    > Especial: Revista Nova Escola



    Selecionamos 50 grandes sucessos do cinema que rendem atividades em todas as disciplinas, do 1º ao 9º ano. Confira planos de aula com resumo dos enredos e indicação do conteúdo a trabalhar e aproxime sua turma dessa linguagem.

    Índice da edição especial - Setembro, 2011

     

                          - ACESSE O LINK ABAIXO E VEJA O ACERVO - 

                          Ensino Fundamental 1/ Ensino Fundamental 2

    http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/introducao-cultura-africana-filme-kiriku-feiticeira-639068.shtml

     

    Plano de Aula

    Introdução à cultura africana com o filme "Kirikú e a Feiticeira"

    kiriku feiticeira. Foto: Divulgação 

    Introdução

    Kirikú é um menininho nascido na África Ocidental. Tão pequeno, ele não chega aos joelhos de um adulto. O desafio que impõe seu destino, no entanto, é imenso: enfrentar uma poderosa e malvada feiticeira, que secou a fonte de água da aldeia, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda roubou todo o ouro ali guardado. Para recuperá-lo, Kirikú enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar. “O filme trata a criança de um jeito inteligente, oferecendo a ela acesso a uma cultura diferente”, afirma o professor Cláudio Bazzoni, assessor da prefeitura de São Paulo.

    Objetivo: 
    Ampliar o repertório narrativo ao conhecer contos africanos.

    Conteúdo:
      Introdução aos contos africanos.

    Trechos selecionados:
    O filme pode ser exibido para a garotada na íntegra, pois é a aventura de Kirikú em todo o enredo que dá sentido à atividade.

    Atividade:
      Na aula seguinte à exibição do filme, comece o trabalho lendo para a turma contos populares africanos, como os que compõem o livro A Gênese Africana: Contos, Mitos e Lendas da África (Leo Frobenius e Douglas C. Fox, 250 págs., Ed. Landy, 45 reais, tel. 11/ 3361-5380). Em seguida, debata com a turma pontos fantásticos da narrativa, como o fato de o garoto nascer falando ou crescer de repente. Explique que a história de Kirukú, assim como as narrativas lidas, fazem parte de outra cultura, diferente da nossa, mas que tem grande influência no Brasil. Fale sobre a vinda dos negros como escravos e sua decorrente influência cultural, como na música e na capoeira. Ressalte também palavras de origem africana na língua portuguesa (clique aqui para encontrar subsídios para isso). Destaque para a sala, ainda, as diferenças entre os contos lidos e os clássicos, com os quais devem estar acostumados.

    Avaliação:
    Analise as impressões dos alunos sobre os textos lidos e o filme. Avalie em que aspectos a aula permitiu ampliar o universo cultural deles.

     

    Dica de Leitura


    Resenha do livro "Teatro em Sala de Aula", 
    de Betina Rugna

    Foto: Marcelo Kura

    O guia tem como proposta estimular professores a inserir a linguagem teatral no processo educacional, introduzindo nas aulas a possibilidade de trabalhar os conteúdos por meio da arte de representar. Com dezenas de exercícios de regras simples, o livro ajuda o educador a explorar a afinidade natural da molecada com a atividade e permite montar uma peça teatral, tratando desde o planejamento até a montagem. De acordo com a autora, entre outros benefícios, essa prática desperta a criatividade em crianças e adolescentes e torna as aulas mais atrativas.

    Sobre a autora Psicóloga e professora de Arte, atua em projetos de Educação para a TV, como Bambalalão.

    Teatro em Sala de Aula, Betina Rugna, 168 págs., Ed. Alaúde, tel. (11) 5572-9474
    Tatiana Pinheiro (novaescola@atleitor.com.br). Com resenhas de Nina Pavan
    Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/resenha-livro-teatro-sala-aula-betina-rugna-539544.shtml