quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Por que o café foi o motor do país

Mais do que citar o produto como o principal fator do nosso crescimento econômico, é preciso explicar de que forma ele se tornou tão importante

Os alunos se deram conta de que o ramo de café colocado na bandeira simboliza a força ecomômica e política que o produto tinha no Império. Foto Pedro Motta. Ilustração Diego Martinez
 Os alunos se deram conta de que o ramo de café colocado na bandeira simboliza a força econômica e política que o produto tinha no Império
Apesar de ser um clássico nas aulas de História, o comumente chamado Ciclo do Café muitas vezes é abordado de uma maneira superficial em classe. Os estudantes sabem que o produto foi - e ainda é - importante para o país, mas não têm claros os porquês disso. Mais do que descrever os acontecimentos do período, é preciso levar a turma a compreender quais estratégias comerciais da Coroa portuguesa, somadas a condições nacionais e internacionais, possibilitaram o bom andamento da produção por aqui.

Para dar início a uma explicação contextualizada, vale recorrer a uma pequena cronologia. Relembre a força da cana-de-açúcar, de 1580 a 1610, e a época do ouro, entre 1690 e 1760, para então falar sobre a ascensão do café a partir de 1780.

Foi o que fez Túlio Lopes, professor do 8º ano da EM Francisco Sales, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Antes de introduzir a moçada no contexto da Primeira República, marcada pela força do produto, ele optou por falar sobre as modificações do país ainda durante o Império. "Mostrei como o Brasil foi se desenvolvendo economicamente desse período em diante, com uma produção diversificada, em que o café ganhou importância", explica.

Para que a classe conseguisse visualizar as estruturas sociais e comerciais da época, o professor apresentou a bandeira do Brasil Imperial e propôs a análise da presença do ramo de café na imagem. "Por meio da atividade, a turma começou a se dar conta da dimensão e da força que o produto tinha", explica ele.

Em seguida, Lopes pediu que os alunos observassem a bandeira atual do país e traçassem um paralelo entre ela e a vista anteriormente. "Por meio da atividade, os estudantes notaram as mudanças na base de produção e citaram as grandes evoluções técnicas que ocorreram nesse processo", avalia. Tendo em mente essas observações, ele aprofundou o estudo do tema.



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