terça-feira, 19 de abril de 2011

ESPECIAL



Você não vive sem música?
Fique atento aos cuidados 
que precisa ter com os
fones de ouvido!



Quem nunca foi para a escola ou passou o recreio curtindo um som alto que atire a primeira pedra! Com a tecnologia, cada vez mais jovens têm se acostumado a diariamente ouvir música em celulares, MP3 players, notebooks etc. E, para não incomodar quem está ao lado, é sempre bom fazer uso do bom e velho fone de ouvido. Mas esse hábito, que mistura diversão, privacidade e educação, pode ser mais perigoso do que imaginamos! É preciso ficar ligado para não transformar a música alta numa verdadeira vilã para sua saúde.

Os que adoram música alta, sejam fãs de um rock pesado ou de um funk estilo “pancadão”, preferem se fazer de surdos para o aviso. Mas estudos recentes afirmam que o fone de ouvido realmente pode causar a perda da audição – problema que só começaria a ser percebido depois de anos. Quem usa o acessório mais de uma hora por dia em volume máximo corre mais riscos. E atenção: não há cura para a surdez!

Caroline Muniz, aluna do Colégio Estadual Desembargador José Augusto Coelho da Rocha Júnior, do município de Rio Bonito, é uma daquelas adolescentes que vivem com fones de ouvido, na escola, na rua, no ônibus e em casa. E quem passa ao lado percebe, pois ela não economiza no volume do som. “Curto demais, porque dá mais adrenalina!”, diz. Mas a otorrinolaringologista Heloisa Soares de Oliveira, diretora da Audioclínica do Rio de Janeiro e membro do Cremerj, adverte: “O recomendado é ouvir som com intensidade inferior a 80 decibéis, pois é este o limite de prevenção. Abaixo desse nível não há risco de desenvolver perda auditiva”.

E não importa se você está ouvindo música clássica, gospel ou metal, com fones novos ou de marca conhecida. Segundo a médica, o que lesa a audição é o nível de pressão sonora, não a qualidade do som escutado. “O volume é o que prejudica a audição e não se o som é bom ou ruim. O uso frequente de fones colocados dentro do conduto auditivo, sem qualquer barreira atenuante em sua transmissão, pode sim trazer graves perdas auditivas. Essas perdas inicialmente não são percebidas – somente bastante tempo depois de instaladas – e são irreversíveis”, avisa.

A legislação trabalhista, inclusive, estabelece limites de tolerância para exposição a ruídos em relação ao tempo de exposição. “O limite de tolerância para exposição a 85 decibéis é de oito horas por dia; para 80 decibéis o limite é de quatro horas; 90 decibéis, duas horas; 100 decibéis, uma hora e assim por diante. Uma simples conversa tem, em média, 65 decibéis; uma rua de trânsito movimentado pode chegar a 95 e o volume ao se ouvir música normalmente fica entre 90 a 105 decibéis”, explica Heloisa.

Curtição sem trauma
Hoje já existem aparelhos com controle automático de volume e até mesmo fones intrusivos (que ficam lá dentro do ouvido, não apenas na área externa da orelha) com noise cancelling, que garantem 70% de redução de ruídos externos. Com isso, não é necessário aumentar o volume para ouvir melhor o que está tocando, por exemplo. Ainda assim, é preciso tomar cuidado!

Entre os sintomas de perda auditiva que podem aparecer com o tempo, estão: zumbido, redução da percepção auditiva, irritabilidade e dificuldade de compreensão das palavras. “Se for a algum lugar ou escutar som e o ouvido depois ficar com zumbido, ou seja, ‘chiando’, é sinal de que já há risco de lesão das células do ouvido interno”, esclarece a otorrinolaringologista.

Mesmo que demorem a se manifestar, esses sinais já podem prejudicar - e muito - não só a saúde, mas o convívio social com parentes, amigos e desconhecidos. Com os sintomas, a pessoa pode ter dificuldades no relacionamento com outros, se sentir excluída e ser impedida de exercer determinadas funções profissionais que exijam boa audição.

Heloisa lembra que o mais importante é se prevenir. Ouvir som em volumes mais baixos, até 80 decibéis, é a primeira medida. “Se a pessoa tem hábito de ouvir música em MP3 players etc, o recomendado é ir ao médico e fazer um exame de audiometria semestralmente, para verificar se há perda auditiva em fase inicial e ainda reversível, e fazer o acompanhamento. Normalmente, se pararmos logo a exposição ao som alto, evitamos a evolução da perda auditiva e conseguimos revertê-la”, afirma.

O que toca no seu MP3? Clique aqui e confira o que os alunos estão ouvindo por aí...

Saiba mais sobre como utilizar corretamente os fones de ouvido


Fonte: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/temas-especiais.asp

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