sexta-feira, 25 de março de 2011

Espaço do Aluno (a) - Crônicas


PESADELO
Shayene Bravo Alves

Algo estranho havia acontecido, passei por ruas cobertas pelas névoas do anoitecer. Um vulto me cresce a atenção, grito, mas ninguém responde. A noite havia sufocado as luzes e meus pés cansaram-se. Alguém estava me seguindo, contudo meus olhos não revelavam a direção. Os sinais da Catedral soaram as ultimas horas, um som forte que me ecoava a mente.
A madrugada molhava-me o rosto nos seus sinais, uma neblina fria bailava em minhas pálpebras. Eu parecia chorar. Novamente ressurge o vulto, só que agora com mais velocidade; de espantada que fiquei, comecei a correr. Naquele momento eu percebia que toda prosopopéia fazia sentido afinal. As casas pareciam correr em minha frente, foi uma corrida contra o tempo e contra a parede. Os sinos pareciam vozes rudes aos meus ouvidos. Eu estava enlouquecendo.
Minha vontade era que naquele momento eu pedisse perdão de todos meus pecados para livrar-me de tamanho sofrimento. Será que isso bastaria? Essas coisas estranhas que me perturbavam liam meus pensamentos ou ainda pior manipulavam-nos. Foi horrível. Uma sensação de estar sendo enforcada por pessoas frias e obscuras. A crueldade me assola. Eu trepidava, suava gelado e meu corpo paralisou quando senti a mão de uma mulher tocar minha face. Eu estava estática e soluçava aos choros, queria gritar, mas algo impedia minha voz de sair. Fui levada para os piores lugares de todo o mundo com apenas um olhar negro flertado por aquela mulher. Passei por montanhas, precipícios. E o mais incrível? Sem sair do lugar. Os olhos daquela coisa macabra me assustavam a cada segundo que se passavam. Tentei impulsionar meu corpo na tentativa de fugir, tentativas em vão. No passo brando que caminhei tropecei em alguma coisa. Eu diria que era uma faca, porém eu não podia pensar nessa hipótese. Não agora. O pavor era o ultimo sentimento que poderia sentir naquela hora. Meus pés? Pois é, estavam mergulhados em um sangue que mais parecia um lago, que brotava e brotava. Novamente congelei. Naquele instante eu precisava sair dali. Com meu corpo incontrolável, com um impulso desgovernado, desajeitado, bati com minha nuca contra parede.
Meus olhos abriram-se aos poucos. Uma luz farta me ardia à face, era sexta- feira eu tinha acabado de me despertar de um pesadelo. O relógio soava. Estava na hora de voltar para o mundo real.
Esse momento de fuga da realidade com certeza vai ficar para sempre marcado. Afinal quem nunca passou por isso? 


QUANDO MENOS SE ESPERA

Lorraine Vieira Gomes de Freitas

stávamos lá todos reunidos para comemorar o aniversário do nosso amigo. Foi uma festa muito animada, cheia de surpresar que eu mal podia imaginar.
Eu estava lá quieta na sacada da casa vendo a festa acontecer. Já havia dançado conversado, aproveitado quase tudo mais ainda assim havia algo que estava faltando. Foi quando veio certo sujeito com pinta de galã e começou a puxar papo comigo e eu não pensei duas vezes. Logo comecei a conversar com ele. Não me lembro bem o que falamos naquela noite, só sei que ficamos um bom tempo lá, como se estivéssemos nos conhecendo. De lá da sacada víamos nossos amigos, alguns já com seu par, outros só, mas todos estavam muito felizes e se divertindo bastante. Alguns amigos estavam lá sentados na rua enfrente a casa que estava acontecendo a festa e outros lá onde estávamos. De repente ficamos sozinhos, todos que estavam ao nosso lado sumiram, a luz que iluminava a sacada se apagou, ficamos sem reação, até mesmo sem entender. No entanto continuamos a conversar, até que nossos olhares se cruzaram como nunca havia acontecido em anos de amizade. Enfim nos beijamos. Foi uma algazarra só por parte dos nossos amigos, pois eles já cantavam ”essa pedra”. Continuamos o romance durante a noite toda. Decidimos que íamos ficar juntos para ver e poder descobrir o que sentíamos. Com isso fomos ficando e ficando até que começamos a namorar e estamos juntos a dois anos.
Desde então cheguei a conclusão de que quando temos alguém a quem amar, somos mais felizes, mais motivados a viver, a suportar tudo que vem pela frente. Afinal dois anos são muitos dias para se amar alguém!


O AMOR
Thricia Fornasier Mansur


Quando menos a gente espeta, quando nem damos tanto valor a uma pessoa o amor acaba chegando e nós nem notamos. Quando nos damos conta já não conseguimos ver essa pessoa longe.
Quem nunca amou na vida não pode dizer o quando é bom amar e se sentir amado por alguém.
Como em todo relacionamento existem brigas, discussões e erros, pois ninguém é perfeito, mas o amor verdadeiro supera todos os obstáculos.
Para amar verdadeiramente não há idade, não há cor, nem religião. Simplesmente se ama e não sabe viver sem essa pessoa. Não sabe o que será do seu amanhã sem poder ver o sorriso. Mesmo em silêncio diz o quanto é bom estar junto; não sabe o que é sentir em um abraço como se todos os seus problemas sumissem como se nunca estivessem existido, como se nada mais tivesse importância. É tão bom quando escutamos uma música e lembramos de vários momentos que passamos juntos; Quem nunca comparou trechos de música com fatos acontecidos?
Todo o casal que se ama de verdade tem uma boa história a contar.
Quando uma pessoa realmente ama a outra é possível enxergar isso nos olhos dela. Ela conhece a outra pessoa como a si própria. É como se de alguma forma as duas pessoas se completassem, como se uma precisasse somente da outra para viver e assim vice e versa.
Muitas pessoas acham o cúmulo do exagero quando uma pessoa fala que sem a pessoa amada pararia de respirar ou até se mataria. Eu também acho isso BEM exagerado. Porém penso que nada mais teria sentido ou graça, por mais que ela estivesse viva, sempre iria ter um vazio no meu coração. Esse vazio que marcaria o lugar da pessoa amada. O lugar que nunca será substituído por ninguém. 


GANHAR OU PERDER ?

Heitor de Souza Dofini

Hoje, em minha escola, o Diretor convocou a todos os alunos a fim de noticiar os vencedores do “Notebook” da prova do SAERJ.
A felicidade era imensa e a aflição então, pior ainda. Afinal de contas ganhei ou perdi?
Quando finalmente foi noticiado o resultado, dei conta de que não havia sido premiado.
A decepção nessa hora falou mais alto, pois toda expectativa criada foi terminada rapidamente com o sentimento de derrota.
Derrota esta que não me derrubou, só me fez criar garras e sede de vitória.
Minha atenção se voltava para o simples fato de pessoas que não se esforçaram tanto quanto eu terem ganhado no meu lugar, mas com a educação que recebi, temos de saber ganhar e perder.
Só queria entender porque eu, que fiquei por último, li e reli todas as questões da prova não fui premiado?
A resposta? Não cabe a mim responder e sim ao Estado do Rio de Janeiro. Afinal, não é ele quem escolhe os vencedores?
Pois bem, o importante é a experiência, mas a vitória é melhor que tudo e a derrota é o pior.
Hoje foram eles os premiados! Amanhã pode ser eu! De que adianta lamentar? Como foi dito pelo Diretor “O resultado não depende da escola e sim do Estado”.
Falar, lamentar... Isso? Não vai levar ninguém a lugar nenhum. Temos é que, ao invés de chorar, lamentar, mostrar que somos capazes de vencer e quem sabe ganhar o tão esperado “Notebook”.
Queria muito ganhar, mas não foi dessa vez. Não fico triste e nem me abato. Sei que sou capaz de vencer e farei o possível e o impossível para provar para todos esta afirmação.

8 comentários:

  1. "Ganhar ou perder ?"
    Heitor, gostei muitu da sua crônica. E continue assim quem acredita sempre alcança

    Joice Rezende (902)

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  2. Thricia, gostei muito do seu texto O AMOR e concordo plenamente com ele!
    Cecilia Blazzio (902)

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  3. "QUANDO MENOS SE ESPERA"
    Lorraine, amei a sua história,ela é bem parecida com a minha e do meu namorado ! FELICIDADES pra vocês

    Joice Rezende (902)

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  4. o amor thricia fornasier mansur
    Quem nunca amou na vida não pode dizer o quando é bom amar e se sentir amado por alguém.e miuto chato ter uma pessoa que sempre esta do seu lado mais não ti dar valor espera '' como responder oque vocé senti por ele'''
    francielly(902)

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  5. Saely, achei seu texto muito legal e engraçado.que doidera!
    Cecilia Blazzio (902)

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  6. A primeiras habilito leandro reis .
    Gostei muito da sua cronica pois ela e simples pois ela conta uma realidade muito comum .
    yago/talisson ..(902) ...(*_*)...(@_@)

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  7. oii . eu amei o todas as crônicas ,mas a que mas mexeu comigo foi a escola,cidade maravilhosa e além do que os olhos podem ver.está falando diretamente da realidade, que nos alerta para vida.
    maria eduarda 902.

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  8. Realmente, ganhei notebook 2 vezes, e nao quer dizer que eu sou melhor que você. Eu te conheço bem, sei que há várias coisas em que você é melhor que eu, e muitas vezes a escola ou o resuldado de avaliações não rotula o profissional que vc será lá fora, falhar uma vez pode acontecer e, pode ser que vc se de melhor que eu lá fora, e eu sei que vc vai se dar bem.

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