terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SUGESTÃO DE AULA: Geografia










Conheça um pouco mais sobre os terremotos que abalam o planeta

Ao longo dos anos, os tremores de terra causaram milhões de mortes em todo o mundo. Por volta do século XVI, em Shaanxi, na China, 830 mil pessoas morreram durante um terremoto. Em 1923, em Kwanto, no Japão, 143 mil vidas foram perdidas em um tremor de magnitude 8.5 na Escala Richter. Um dos mais recentes devastou a Ilha de Sumatra, na Indonésia, em 2004, dizimando 300 mil pessoas. O tremor atingiu 9.3 graus na Escala Richter. Passados seis anos, o mundo novamente estremeceu com a catástrofe em Porto Príncipe, capital do Haiti.

Com 1,2 milhão de habitantes, a cidade foi atingida por um terremoto devastador. Segundo a Cruz Vermelha, os feridos podem passar de três milhões, um terço da população haitiana. Ao anoitecer do último dia 12 de janeiro, a população estava sem luz, sem água potável, sem hospitais. A infraestrutura precária da cidade foi abaixo com o tremor de 7 graus. No Haiti, a liberação de energia no interior da Terra ocorreu a 13 km de profundidade da superfície, o que é pouco se considerarmos que a distância pode chegar a 700 km. A potência da explosão foi de 32 bilhões de TNT, o que equivale a 25 bombas nucleares.

Mas, você sabe o que é um terremoto? Então vamos lá.

É um movimento brusco e repentino do terreno, que é produzido quando a rocha se rompe. Basicamente, as rochas se comportam como corpos elásticos. Conforme esforços de compressão ou tração, elas vão acumulando deformações. Se este esforço ultrapassa os limites de resistência da rocha ela se rompe, criando uma falha. Por isso, costumam dizer que a maioria dos terremotos tem origens tectônicas, ou seja, estão associados a falhas geológicas.

Magnitude


É uma medida quantitativa do tamanho do terremoto. Para cobrir todos os tamanhos, foi criada uma escala logarítmica sem limite. Ela está relacionada à energia sísmica liberada no foco e também às amplitudes registradas pelos sismógrafos. A Escala Richter é um sistema criado em 1935 por dois americanos para medir os movimentos sísmicos (ondas sísmicas) na Califórnia. Charles Richter, juntamente com seu colega Bueno Gutemberg, desenvolveu o sistema que mede a potência de um tremor em um determinado lugar.

Na origem, a Escala Richter estava graduada de 1 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam impossíveis na Califórnia. Mas não existe limite teórico para esta medida no que se refere a outras regiões do mundo, e por isso agora se fala de "escala aberta" de Richter. Cada grau suplementar corresponde a ondas dez vezes mais amplas e a uma potência cerca de 30 vezes superior. Entendeu? Por exemplo, um terremoto de grau 9 na Escala Richter é 900 vezes mais potente que um tremor de grau 7.

Um terremoto de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros.

Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na Escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre 7 e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Já os terremotos acima de 8 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilômetros do epicentro. As consequências são aquelas estampadas nos jornais: vibração do solo, abertura de falhas, deslizamento de terra, tsunamis e mudanças na rotação da Terra.

As regiões de risco

As regiões mais sujeitas a terremotos são aquelas próximas às placas tectônicas. É o caso da Região Oeste da América do Sul, onde estão localizadas a placa de Nazca e a placa Sul-Americana, assim como nas regiões em que se formam novas placas, como no oceano Pacífico, onde está situado o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros, como, por exemplo, a falha de San Andreas, na Califórnia, Estados Unidos.

Muitas pessoas perguntam se o Brasil corre riscos. Recentemente, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou uma pesquisa para derrubar o mito de que o nosso país é imune aos tremores. Foram identificadas 48 falhas geológicas em todo o território brasileiro. Seis já apresentaram abalos sísmicos.

O estudo e o monitoramento dos terremotos em solo brasileiro tiveram início a partir dos anos 70, época em que as usinas hidrelétricas eram construídas e havia a necessidade de instalação de sismômetros – os aparelhos utilizados para medir a intensidade dos abalos sísmicos. Um dos maiores tremores registrados por aqui aconteceu em 2007, em Itacarambi, Minas Gerais. Setenta e seis casas foram destruídas e uma criança morreu.

No resumo da pesquisa, ficou claro que não há um parecer definitivo. Afinal, são poucos anos de estudo. Mas os especialistas garantem que é bom estar alerta, pois os tremores surgem a qualquer instante.

Se você quiser saber mais sobre o assunto...

Observatório Nacional

http://www.on.br/

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

http://www.moho.iag.usp.br/sismologia/index.php

Observatório Sismológico da UNB

http://www.unb.br/ig/sis/obsis.htm
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Fonte: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/atualidades-00.asp


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