Banda larga, 4G, wireless... você já deve ter ouvido esses
nomes, mas sabe o que significam? Entenda o que são e melhore seus
conhecimentos sobre as tecnologias de acesso ao mundo virtual
Tão importante quanto localizar uma informação na internet é a
velocidade para acessá-la. Atualmente, segundo dados da Associação
Brasileira de Telecomunicações, são feitos no Brasil 83 milhões de
acessos com banda larga, um modelo bastante rápido de conexão. Mas nem
sempre foi assim. Há pouco mais de dez anos, a maior parte das pessoas
usava a conexão discada, feita através da linha telefônica como se fosse
uma chamada local. Baixar um arquivo no computador ou simplesmente
enviar um email, que hoje leva segundos, poderia demorar muito mais
tempo.
Veja abaixo cinco termos que explicam os meios mais
comuns de conexão com a internet e, por meio do pequeno glossário
abaixo, ganhe mais intimidade com as tecnologias de acesso à web. A
consultoria é de Ilton Miyazato, professor de Física do Colégio São
Francisco de Assis em São Paulo (SP).
Banda larga: é
a substituta da conexão discada, cerca de 1830 vezes mais rápida que
sua predecessora. Antes, o computador era ligado ao fio da linha
telefônica e o acesso à web era intermediado por um programa (o
provedor). Estabelecida à conexão, a linha ficava completamente dedicada
ao acesso à rede. Em outras palavras, ou era a internet ou o telefone.
O uso dos dois ao mesmo tempo só foi possível com o advento da banda
larga, que aumentou as vias de conexão. Em vez de apenas uma - na
conexão discada, a linha telefônica - são disponibilizadas três vias:
uma reservada para falar ao telefone e as outras duas dedicadas ao envio
e recebimento de dados. Para entender melhor, podemos comparar com as
estradas: a conexão discada era uma pista simples com capacidade de
carga e velocidade limitadas. Ao contrário da banda larga que tem mais
"pistas" e, por isso, comporta mais carga com maior rapidez. O Brasil
vive uma expansão deste tipo de conexão, sobretudo com o Plano nacional
de banda larga, uma iniciativa do governo federal responsável por 31,5%
dos acessos feitos em 2011.
3G: é a terceira
geração da tecnologia que permite acessar a internet com o celular,
através de uma faixa de frequência de ondas eletromagnéticas também
conhecida como radiofrequência. Essa nova tecnologia consegue
transportar mais dados, ao contrário das versões analógicas que
convertia a onda sonora da voz em pulsos elétricos e depois reconvertia
em sinal sonoro no outro aparelho. Esse processo transmitia poucas
informações e obrigava as operadoras a realizarem menos chamadas ao
mesmo tempo. Com o 3G é possível trocar dados com maior velocidade, ver
televisão pelo celular e até fazer vídeo- chamadas.
4G:
é uma evolução da tecnologia de conexão pelos celulares, até 100 vezes
mais rápida que a 3G. Além de mais qualidade nas chamadas de voz,
vídeo-chamadas e navegação, comporta mais conexões em uma mesma antena.
Isso resolve um dos problemas que as operadoras enfrentam com as antenas
3G e por esse motivo a Agência Nacional de Telecomunicações está
incentivando o compartilhamento de torres transmissoras entre as
diferentes operadoras. Essa tecnologia ainda está em fase de implantação
aqui no Brasil, apesar de já estar presente em alguns dispositivos como
celulares e tablets de última geração.
Wireless: É
a transmissão de dados (também via ondas eletromagnéticas) que dispensa
o uso de fios. Analogamente o rádio e a TV funcionam da mesma forma, já
que recebem informações através de radiofrequência. Para se conectar
via wireless é necessário um receptor no computador e um modem com
roteador Wi-Fi (sigla mundialmente conhecida que, de forma simplificada,
define uma região próxima com acesso à internet). Outras formas de
conexão sem fio presentes no mercado são o bluetooth e o
infravermelho. Com o primeiro, que também funciona através de ondas
eletromagnéticas, os aparelhos podem intercambiar informações apenas
pela proximidade, sem a necessidade de instalação de um programa. Já o
infravermelho é bastante utilizado no nosso dia a dia: é o que permite
que o controle remoto funcione, enviando sinais para o receptor que está
na frente da TV.
Wimax: é uma versão mais
aprimorada do Wi-Fi, que também funciona por ondas eletromagnéticas mas
permite melhor transmissão de dados e uma área de cobertura muito maior
devido à antenas mais potentes. Essa nova tecnologia chega onde
operadoras de telefonia ou de TV a cabo não conseguem alcançar e, por
isso, pode beneficiar regiões rurais onde ainda não há cabeamento. O
problema é que para implementar esse tipo de conexão é preciso
reestruturar o sistema de transmissão, o que custaria bastante dinheiro.
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