Semântica saborosa
Ciências da Natureza e Matemática
Conteúdo
Matéria orgânica
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Objetivos
Introdução
As prateleiras dos supermercados estão cada vez mais abarrotadas de comidas com propriedades especiais — alegadas pelos fabricantes. Entre elas, figuram os chamados alimentos naturais. Por outro lado, cresce a oferta de produtos orgânicos, assim denominados porque não recebem fertilizantes químicos nem agrotóxicos. A reportagem de VEJA enfatiza que não há comprovação científica de que eles sejam mais saudáveis do que os outros. O teste dos chefs compara a relação entre custo e benefício do tomate-caqui, do filé mignon, da banana-prata e da alface americana, tanto orgânicos quanto convencionais. O assunto, somado ao exame dos alimentos funcionais, enseja um saboroso confronto entre as propriedades propaladas a respeito dos nutrientes e a terminologia usada para rotulá-las.
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Atividades
1ª aula - Antes de distribuir o texto para leitura com os alunos, faça um rápido levantamento do que eles entendem por alimentos naturais e orgânicos. Oriente-os a elaborar uma definição consensual para cada uma das classificações e depois verifique se elas são apropriadas. Isso pode ser feito por meio de algumas questões:
• O leite é natural? E o arroz?
• A carne vermelha é orgânica?
• Existem refrigerantes naturais?
À medida que pergunta, você deve propor debates. Afinal, todo alimento passa por transformações ou recebe algum tipo de tratamento antes de chegar ao público a que se destina. A rigor, o único leite natural é o que o bezerro bebe. Dentro da mesma linha de raciocínio, é legítimo deduzir que os alimentos também são orgânicos, pois apresentam carbono em sua composição.
GENGIBRE
GENGIBRE
Foto: Sheila Oliveira / Emporio fotográfico |
Produto muito utilizado na culinária. Suas raízes produzem efeitos antieméticos e antiinflamatórios, aumentam a secreção biliar e a motilidade do trato digestivo. O consumo elevado de produtos à base de gengibre pode provocar sangramento. |
A discussão, claro, não vai levar a conclusões satisfatórias sobre uma terminologia definitiva e abrangente - pois um creme de frutas que contém a polpa pode, de certa forma, ser chamado de natural. Mas o exercício deve dar à classe uma idéia de como é difícil estabelecer critérios para classificar certos produtos. Ressalte que, para efeito de legislação na área alimentícia, essa questão é fundamental: o consumidor quer saber o que compra e, para tanto, precisa dispor de orientações exatas.
Passe, em seguida, para a fase experimental. É interessante escolher de antemão, por exemplo, uma quantidade de tomates-caqui maduros e organicamente cultivados e outro tanto do tipo convencional. Depois de lavados, todos serão cortados para que cada aluno tenha a oportunidade de provar as duas versões. A idéia é reproduzir a experiência de VEJA e averiguar se os estudantes percebem diferenças de sabor e textura. As constatações devem ser tabuladas, gerando um resultado numérico. Reserve alguns frutos para comparar a durabilidade dos dois tipos. A turma pode conservá-los na geladeira da escola e conferir diariamente se a degenerescência se dá num só ritmo.
ALECRIM
ALECRIM
Foto: Caio Ferrari |
Muito apreciado como condimento. O extrato desse vegetal tem atividade antioxidante, antiulcerogênica, antiinflamatória e estimulante. Seu óleo essencial, usado em cosméticos, pode causar convulsões e aborto, além de reações cutâneas (uso tópico).
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Foto: Alfredo Franco |
Tem função antioxidante. Há diversas pesquisas sobre esse chá que sugerem efeitos contra o câncer e o colesterol. Contém cafeína e, por isso, é contra-indicado para pessoas cardíacas. O consumo excessivo pode causar nervosismo, taquicardia e insônia. |
2ª aula – Promova a leitura coletiva da primeira reportagem, enfatizando a diferença observada pelos chefs. Depois, convide a classe a cotejar essas opiniões com as respostas levantadas na aula anterior. Destaque que, em ambos os casos, foi realizado um processo de experimentação cuidadoso, pois nenhum personagem envolvido tinha conhecimento prévio do que ingeriu. Assim, evitaram-se respostas tendenciosas. Isso feito, leia o texto “Os Funcionais Funcionam?”. Esclareça o conceito de alimento funcional. A legislação brasileira é clara a esse respeito: é aquele que, além de ter valor nutricional, produz efeitos positivos sobre o bem-estar e a saúde e/ou para a redução de risco de uma doença. Nessa concepção, enquadram-se vegetais e carnes cujo consumo regular e criterioso pode resultar em benefícios para as pessoas.
Um dos hábitos alimentares que deixaram os cientistas perplexos foi o dos esquimós, consumidores de grandes quantidades de gordura de peixe - até pouco tempo, todo triacilglicerídio era considerado “do mal” - e que, nem por isso, deixam de gozar de boa saúde e alcançar bons índices de longevidade. O segredo está no ômega 3, o tão propalado ácido graxo que sobressai nos rótulos de determinados produtos. Distribua, então, cópias das fichas dos alimentos que estampam estas páginas para examinar com os alunos. Isso pode ser a ponte para apresentar a distinção entre funcionais e fitoterápicos. Os últimos são considerados medicamentos, mas muitos deles derivam dos primeiros. É o caso do alho e do gengibre, que contêm substâncias capazes de auxiliar na prevenção de doenças. No site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (indicado no final deste roteiro) os adolescentes vão obter uma relação de funcionais e fitoterápicos. Ao pedir a pesquisa, oriente a busca das especificações que rotulam os produtos como remédios ou alimentos. Recomende que os jovens também investiguem os efeitos adversos que podem provocar, seja por consumo elevado ou inadequado. Finalize o trabalho com a confecção, em grupo, de fichas como as deste plano de aula.
GINSENG
GINSENG
Foto: Mauro Holanda |
Ingrediente de bebidas, cápsulas e comprimidos. Tem efeito anti-stress, antioxidante e vasorrelaxante. Secreta insulina e estimula a espermatogênese e a libido. Em doses elevadas, causa hipertensão, insônia, diarréia, erupções cutâneas e alterações hormonai ALHO | |||
Foto: Mauro Holanda |
Seus subprodutos são usados para reduzir a agregação plaquetária, prevenindo aterosclerose, hipertensão e infecções dos tratos respiratório e urinário. Em doses elevadas, favorecem hemorragias, distúrbios gastrointestinais e reações alérgicas.
INTERNET
O site www.anvisa.gov.br, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, traz informações sobre alimentos e legislação classificatória
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/semantica-saborosa-475768.shtml
O site www.anvisa.gov.br, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, traz informações sobre alimentos e legislação classificatória
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/semantica-saborosa-475768.shtml
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